Projeção de crescimento do setor baixa de 10% para 9,4%
Antes previsto para crescer 10%, agora a estimativa de crescimento do setor de seguros agora é de 9,4%, segundo informações da CNseg divulgadas hoje durante coletiva de imprensa. Boa parte do reajuste se deu pelo difícil momento que vive a previdência privada aberta. O índice de endividamento das famílias é grande e as reservas acabam sendo usadas para o dia a dia e para o pagamento de dívida, comentou Dyogo de Oliveira, presidente da CNseg, em coletiva com jornalistas realizada nesta manhã.
A redução da expectativa do crescimento do setor de seguros veio na contramão da projeção otimista para o PIB, que passou de 2,2% para 3,2%. A CNseg foi a primeira instituição que jogou uma previsão acima de 2%, num momento em que analistas não chegavam nem a 1%. E agora revisamos nossa expectativa, acompanhando o maior otimismo de todos, ressaltou.
Mesmo com uma economia mais pujante, alguns segmentos de seguros enfrentam problemas, como, por exemplo, o rural. O setor tinha expectativa de dobrar os subsídios do governo aos produtores rurais para R$ 2 bilhões, o que não aconteceu.
Diante disto, a estimativa com o rural divulgada em dezembro de 2022 para 2023 era de 20,6% e passou agora para 9,1%. A crise no comercio e na redução do crédito também ajudaram para a redução dos seguros massificados, como garantia estendida, de 5,6% para 4,4%, e também de vida, onde está catalogado o prestamista, que passou de 10,1% para 6,3%.
Na contramão das reduções, temos altas consideráveis, com o seguro de carro e seguro saúde, dois dos mais demandados pela sociedade brasileira. Automóveis, por outro lado, saiu de 8% para 18%, diante dos reajustes significativos feito pelas seguradoras no início do ano e que somente em junho veio a se estabilizar, segundo mostram estudos realizados por startups do setor que criaram um termômetro do preço praticado no seguro mais demandado pela sociedade brasileira.
Em saúde, Oliveira observou que o segmento avançou na taxa de 10% nos sete primeiros meses do ano. Não é somente aumento de número de beneficiários, que ainda é tímido. Tivemos inflação médica, o que se refere aos reajustes dos planos de saúde, que tem vindo muito acima da inflação tradicional da economia, diante dos avanços trazidos pela tecnologia, aumento da longevidade e custos com pessoal, entre outro, citou Oliveira.
Fonte: NULL