PIB crescerá 2,39% a mais que o previsto até 2032
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,39% mais do que o previsto até 2032 caso seja aprovada a Reforma Tributária, calcula o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo, divulgado nesta quinta-feira, 6, usa como referência o substitutivo preliminar da Proposta de Emenda à Constituição nº 45/2019 apresentado na última segunda-feira, 3, na Câmara dos Deputados. Esses resultados permitem afirmar que a reforma tributária produzirá efeitos positivos, afirmou, no estudo, o técnico de Planejamento e Pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea João Maria de Oliveira.
O documento avalia que a proposta do substitutivo da PEC nº 45 geraria resultados finais mais modestos do que as versões anteriores, mas que a proposta tende a minimizar perdas e aponta a direção de uma reforma possível, criando condições de crescimento econômico que podem elevar nossa economia a um patamar mais alto.
O estudo avaliou também eventuais impactos de outros dois cenários de reformas propostas, a PEC nº45/2019 inicial, antes das alterações feitas pelo Grupo de Trabalho na Câmara dos Deputados, e a PEC nº 110/2019, que tramitava no Senado. Durante o período de transição, quando gradativamente se substitui o sistema antigo pelo novo, a diferença do PIB realizado em cada cenário cresce.
Para a PEC 45/19, ao final do período de transição (2036), o PIB cresce 5,75%. Para a PEC nº 110/2019, até 2032 o PIB cresce 4,48%, enquanto para o substitutivo da PEC nº 45/19, também até 2032, cresce 2,39%, apontou o Ipea. Os menores valores de ganhos de PIB, produtividade e emprego obtidos no cenário do substitutivo da PEC nº 45/2019 devem-se à alíquota efetiva maior, mas, principalmente, à manutenção de alguns regimes especiais e exceções. Isso permite inferir que certo nível de más alocações produtivas permanecerá.
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