Presidente do BC faz alerta sobre aumento de benefícios sociais
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta segunda-feira, 15, que o desempenho fiscal do País tem sido uma surpresa muito positiva, mas alertou sobre o risco de continuidade do aumento de benefícios sociais para além do fim de 2022. Na pandemia o mercado esperava uma dívida bruta de 100% no fim da crise, e a gente vai terminar este ano perto de 78%. No curto prazo teve uma surpresa muito grande, afirmou, em evento promovido pelo Instituto Millenium.
Campos Neto reconheceu que a inflação foi parte da melhora fiscal, mas destacou que o governo não caiu na tentação de indexar salários do funcionalismo. Há uma preocupação com fiscal do ano que vem pela continuidade de medidas recentes e escrevemos isso na comunicação do Copom. Há preocupação de como vai ser resolvida continuidade de medidas, se continuar, e como vai ser financiado, frisou o presidente do BC.
Campos Neto voltou a mostrar preocupação com a possibilidade do aumento dos benefícios sociais se tornarem permanentes a partir de 2023. Ele disse que o mercado questiona se a possível continuidade desses gastos adicionais será compensada na reforma tributária.
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