Atenção das seguradoras segue nos indicadores setoriais
Pela terceira semana consecutiva, não houve divulgação do Boletim Focus, por conta da greve dos servidores do Banco Central do Brasil. Ainda não há previsão de retorno da divulgação deste Relatório e de outros indicadores importantes, como o IBC-Br de fevereiro, que estava previsto para a última quinta-feira (14/04).
Houve, no entanto, disponibilização de importantes indicadores de nível de atividades no mês de fevereiro, do IBGE e da FGV, destaca Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg.
Um deles é a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), que indicou queda de 0,2% no volume de serviços prestados no Brasil em fevereiro na comparação com janeiro, resultado bastante abaixo das expectativas e na sequência de uma queda de 1,8% em janeiro.
Nos dois primeiros meses do ano o recuo é, portanto, de cerca de 2%, um prognóstico não muito favorável para o PIB do primeiro trimestre deste ano. No entanto, tendo sido o setor de serviços aquele que mais sofreu com a pandemia, as comparações interanuais seguem no campo positivo. Contra fevereiro de 2021, a alta é de 7,4% e, no acumulado de 12 meses, de expressivos 13,0%, explica Simões.
Já a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada também na semana passada, apresentou o segundo mês consecutivo de alta, ainda que, ao contrário do que ocorre na PMS, a base de comparação seja fraca. Em fevereiro, a alta foi de 1,1%, depois de alta de 2,1% em janeiro.
Em 12 meses, o crescimento é de 1,7%. Grande parte dos recursos das famílias e das transferências de renda foi canalizada para o comércio no auge da pandemia do isolamento social.
Por essa razão, sua recuperação após o choque inicial da Covid-19 foi bastante rápida, seguida por uma ressaca, com o crescimento lento da renda, alta da inflação e o retorno à normalidade, além do esperado deslocamento de gastos de volta para os serviços, avalia o economista. Por isso, acrescenta, o segundo semestre do ano passado foi de queda para esse setor.
Fonte: NULL