BNDES vai inaugurar uma nova era
O BNDES vai inaugurar outra fase. A transição sinalizada até agora pelo comando recém-chegado à instituição sugere ajustes importantes, entre os quais a venda de participações acionárias.
Depois de passar as últimas décadas comprando pedaços de empresas estatais e privadas, os movimentos que virão – certamente – despertam atenções.
O presidente do banco, Gustavo Montezano, está disposto a se desfazer da maior parte da carteira do BNDESPar, que hoje soma cerca de R$ 106 bilhões – mais de R$ 50 bilhões são ações da Petrobras.
A carteira inclui ainda papéis dos setores elétrico e siderúrgico, além de fatias em saneamento e no mundo imobiliário. Veja mais.
Os próximos passos do BNDES podem provocar oscilações no mercado financeiro, elevando ou derrubando preços. É o que projetam os analistas.
Daí o cuidado com as palavras e os gestos por parte de quem lidera o processo. Durante esse período, o discurso de ajuste precisará estar calibrado às sensibilidades políticas e econômicas do momento.
Oscilações muito fortes podem, por exemplo, abrir brechas para contestações judiciais de acionistas ou pior: trazer prejuízos ao BNDES.
Montezano acredita que investir apenas para obter lucros financeiros não deve ser a meta do BNDES. O plano é usar esses recursos para dar uma ‘guinada’ nos projetos e na imagem.
Parte dos recursos obtidos com as vendas das participações acionárias também deve engordar os cofres do Tesouro.
No médio e no longo prazos isso vai ajudar no reequilíbrio fiscal.
Fonte: NULL