Reforma: pesquisa apura a primeira impressão do mercado
Uma pesquisa da XP Investimentos, com 83 investidores institucionais, mostra o primeiro impacto da aprovação da reforma nas expectativas do mercado e como as avaliações flutuam rapidamente nesse segmento.
Em maio, 71% dos entrevistados apostavam que a reforma só seria aprovada completamente no quarto trimestre. Agora, 73% confiam que a promulgação ocorra ainda no terceiro trimestre.
Com essa nova perspectiva, 57% desses investidores disseram que agora vão aproveitar “a eventual volatilidade para aumentar sua exposição no Brasil”.
Outros 25% vão reduzir o risco, “mudando a posição para benchmark”. Para 17%, é hora de “proteger parte do risco em Brasil”.
Os investidores se dividem sobre qual será o foco nos próximos meses.
Para 39%, é hora de dar atenção ao crescimento econômico, enquanto 33% acompanham a reforma tributária. Outros 14% estão mais interessados no mercado internacional e 13% nas privatizações.
O levantamento mostra ainda como o humor dos investidores oscilou drasticamente em relação ao presidente Jair Bolsonaro durante a tramitação da reforma da Previdência.
Em maio, com incertezas rodando a aprovação da reforma em plenário, a aprovação do governo era de 14%. Após a votação favorável na Câmara, esse índice saltou para 55%, melhor resultado desde fevereiro.
A expectativa em relação ao governo também registrou alta entre os agentes econômicos. Pulou de 27%, em maio, para 55% agora.
A taquicardia do mercado também foi sentida em relação ao Congresso.
Em maio, apenas 32% dos investidores tinham uma avaliação positiva em relação ao Legislativo. Agora, esse índice chegou a 86%.
Fonte: NULL