Semana decisiva para a Previdência
Após quase cinco meses de tramitação, a reforma da Previdência será votada no plenário a partir de amanhã e nada indica que há riscos para sua aprovação.
Se concluída por boa margem de votos, é provável que as novas regras para a aposentadoria de trabalhadores e servidores civis sejam aprovadas em segundo turno antes do recesso parlamentar na Câmara, que inicia no próximo dia 17.
Contudo, apesar do clima político favorável à aprovação da reforma, a pressão das corporações para desidratar o texto no plenário será forte.
Em pelo menos um caso, há apoio do presidente Jair Bolsonaro e do seu partido, o PSL, para mudar o texto aprovado na comissão especial.
Os policiais federais e rodoviários federais querem uma regra de transição mais branda e uma idade mínima menor para se aposentar. Bolsonaro fez apelo aos líderes para apoiar o pleito na comissão, mas não foi atendido.
Os agentes da segurança pública formam a base eleitoral do presidente e estão descontentes com o que consideram como falta de empenho do governo em relação ao tema.
Porém, a pressão por alterações do texto no plenário é uma missão difícil, porque para aprovar qualquer emenda será necessário aglutinar 308 votos pelo menos.
Da mesma forma, é bastante improvável que tenha sucesso uma articulação de última hora para incluir estados e municípios na reforma.
Fonte: NULL