Talk show sobre viés inconsciente lota auditório da ENS
Em evento que lotou o auditório da Escola Nacional de Seguros (ENS), no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (26) a AMMS promoveu, em parceria com o IDIS (Instituto pela Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros) e o Grupo de Diversidade da CNseg, a segunda edição do talk show “Viés inconsciente: desconstruindo preconceitos”. O debate, também realizado em São Paulo, na véspera, discutiu a importância da diversidade dentro do mercado de seguros, abordando a diversidade com o viés da psicologia e a conexão destes termos com o setor.
Coube à conselheira da AMMS, Maria Elena Bidino, dar as boas-vindas à plateia. Após fazer um relato da história da AMMS, ela defendeu o respeito a todos, independente de gênero, raça ou credos. “A vida é simples. Basta respeitar ao outro”, sintetizou.
Por sua vez, o superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da CNseg, Pedro Henrique Pinheiro, anunciou que, em breve, será criado o “Dia da Diversidade e Inclusão” no mercado de seguros. “Além disso, na Conseguro, que será realizada em setembro, haverá um painel sobre diversidade. O setor de seguros é o mais atraente para a nova geração, que é movida por propósitos e valores que outras gerações talvez não tenham tido”, frisou.
Já a presidente do IDIS, Valéria Schmitke, enfatizou a importância de o mercado de seguros refletir o perfil da sociedade brasileira. “O Brasil possui 54% de negros e pardos. Então, o ideal é que haja a mesma proporção dentro do mercado. Além disso, se 52% da população é formada por mulheres, deve haver o mesmo percentual nas diretorias e conselhos das empresas. O objetivo é chegar a uma verdadeira equidade no mercado”, acentuou.
Na segunda parte do evento, foi realizado um debate sobre as dificuldades enfrentadas no mundo corporativo por gays, lésbicas, negro(a)s, pessoas acima de 50 anos e até estrangeiros, como a própria presidente da AMMS, Margo Black, mediadora do encontro, que falou com bom humor sobre o fato de ter nascido na Escócia, ter passado a maior parte da vida entre México e Nicaraguá e viver há 20 anos no Brasil. “Falo muito bem espanhol. Já houve casos em quem conversei por telefone com pessoas que ficaram surpresas a me ver. Talvez achassem que, pelo sotaque, eu era descendente de índios”, brincou.
Coube à administradora Patrícia Braga, membro da RME (Rede Mulher Empreendedora), que perdeu emprego ao completar 50 anos de idade, após três décadas de carreira como executiva de multinacionais, falar sobre os obstáculos enfrentados por quem precisa recomeçar. “Tive que estudar o empreendedorismo, buscar novos caminhos, provar que os 50 anos são os novos 30 anos. O importante é não ficar parado”, salientou.
O momento mais emocionante do debate foi o depoimento de Bianca Nascimento, que é negra e trabalha há nove anos no mercado de seguros. Sem esconder as lágrimas, ela falou da importância de se ter muita persistência para “prosseguir na carreira profissional”.
Também emocionada, a Casualty Senior Underwriter para América Latina Cone Sul da Swiss Re, Juliana Pelegrin, narrou a sua trajetória e as dificuldades para assumir a sua opção sexual. “Ser homossexual não me define. É só uma das coisas que eu sou”, observou.
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