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Evento da AMMS lota auditório da ENS e supera expectativas

O evento realizado pela AMMS nesta terça-feira (19 de março) em comemoração ao Dia Internacional da Mulher superou as expectativas. Primeiro, pela forte de adesão de profissionais do mercado, incluindo alguns homens, com mais de 100 pessoas presentes no auditório da Escola Nacional de Seguros (ENS), no Rio de Janeiro. Além disso, o formato do encontro favoreceu uma intensa troca de ideias entre palestrantes e a plateia e o tradicional networking envolvendo todos os presentes.

A abertura foi feita pela diretora da ENS, Maria Helena Monteiro, que anunciou o lançamento, ainda em 2019, da terceira edição do estudo “Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil”. Segundo ela, entre as duas edições anteriores foi apurada uma variação “muito pequena” na presença feminina no setor. “Há uma maioria feminina no mercado, mas não nos cargos de comando”, salientou.

Já a conselheira da AMMS, Carolina Vieira, fez uma rápida apresentação da associação, destacando o foco na difusão do conhecimento, no empoderamento da mulher e na formação de uma rede feminina de networking. “Para cumprir nossa missão, realizaremos eventos mensais ao longo de 2019”, observou.

Antes do debate, a consultora de Marketing Luiza Maia apresentou o projeto “Liberty Mulheres Seguras”, que nasceu em 2015 para ajudar a mulher empreendedora, inclusive em regiões mais carentes, a abrir o seu próprio negócio. 

Segundo ela, no Brasil, as mulheres chefiam quase a metade das famílias, mas, no mundo corporativo, comandam apenas 16% das empresas. 

Além disso, as mulheres são prejudicadas pela dificuldade para negociar sua ascensão nas suas empresas. “Por vezes, a mulher faz o dobro para ter o mesmo reconhecimento e cede mais fácil na negociação”, revelou.

Em seguida, a vice-presidente da AMMS, Simone Vizani, saudou a plateia, enfatizando a importância do evento para abordar os desafios da dupla jornada de trabalho, as responsabilidades domésticas, a posição da mulher hoje e aonde quer chegar. Ela passou a palavra para a mediadora, a advogada e professora da ENS, Liliana Caldeira, que apresentou as debatedoras e o tema central do debate: “As conquistas e os avanços necessários ao empoderamento da mulher no mercado de trabalho”.

A primeira a falar foi a juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Andréa Pachá – integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela implantação das Varas de Violência Contra a Mulher no Brasil e autora dos livros “A vida não é Justa” e Segredo de Justiça”, que deram origem à série “Segredos de Justiça”, do programa Fantástico, da Rede Globo, entre outras ações relevantes.

De acordo com a juíza, mais até mesmo que a igualdade, a mulher deve lutar para fazer o mesmo, de forma diferente. “A igualdade tem que ser sustentável. É perda de tempo lutar apenas para ser igual. Não somos iguais, somos muito diferentes”, frisou. 

Ela assinalou ainda que já está comprovado que a diversidade é responsável por melhores resultados econômicos na área corporativa. “A presença feminina aprimora os ganhos de uma equipe”, enfatizou. 

Por sua vez, a diretora da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e ex-presidente da AIDA Brasil, advogada Ana Rita Petraroli Barretto, disse que a “grande diferença” deve ser a livre escolha da mulher para fazer o que quiser, sem medo das consequências de suas escolhas. “Liberdade não é somente exigir os mesmo benefícios ou direitos. Não queremos ser tratadas como homens, mas com respeito”, afirmou. 

Para ela, a mulher não pode incorrer no erro de repetir o que os homens fazem ao assumir uma posição de comando. “A mulher não pode fazer o que homem faz. Somos diferentes. A palavra do futuro será respeito, não igualdade”, assinalou Ana Rita Petraroli Barretto, que atua na área criminal e no mercado de seguros e é fundadora da empresa conceito FraudEnemyGroup®, especializada no combate à fraude em seguros.

Na visão da advogada, a mulher muitas vezes se sente fracassada porque pensa em várias questões ao mesmo tempo e não consegue dar conta de tudo. “Ninguém consegue”. 

Por essa razão, ela sugeriu que, na medida do possível, a vida seja dedicada a fazer o que traz felicidade. “Vida dedicada somente ao trabalho é vazia. E a vida dedicada somente a família também é”, argumentou.  

O evento contou com o apoio institucional da ENS e teve os seguintes patrocinadores:

“Black” – Chubb, IRB Brasil Re, Swiss Re e Tokio Marine;

“Gold” – Austral Re, Liberty Seguros, Marsh & McLennan Companies, Sompo 

Seguros e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Associados;

“Silver” – Allianz, Fator, FairFax Brasil, THB, Travelers e Willis Towers Watson;

“Bronze” – Somus, Icatu Seguros, DR&A Advogados e Matthews Daniel a Bureau Veritas Group Company.

 

Fonte: NULL

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