iPhones, iPads e Macs são atingidos por falhas de segurança em processadores
A Apple confirmou que todos os iPhones, iPads e computadores Mac foram afetados por duas falhas de segurança em processadores.
As falhas, chamadas de Spectre e Meltdown, foram reveladas por pesquisadores, mas já eram conhecidas pelo menos desde julho de 2017. Até agora, não há notícia de qualquer ataque que explore alguma dessas brechas.
Por ora, o que os donos de iPhones, iPads e Macs têm de fazer é manter atualizados os sistemas operacionais dos aparelhos. Para sanar a falha Meltdown, a Apple já incluiu correções nas últimas atualizações do iOS e do macOS. Para contornar a brecha do Spectre, a empresa informou que vai lançar dentro de alguns dias uma correção em forma de atualização para o navegador Safari.
Falha em processadores
Como a Intel é a maior fornecedora de chips de computadores, especialmente para servidores e notebooks, a falha tem alcance universal. A estimativa é que todos os chips da Intel desde 1995 sofrem do problema, à exceção de modelos Itanium e Atom produzidos até 2013.
Mas os processadores da Intel não são os únicos afetados. Os chips da AMD e da ARM Holding também apresentam a falha.
A fabricante dos iPhones não é a primeira a admitir que o problema com os processadores afeta seus produtos. A Microsoft já informou que vai liberar uma atualização do Windows para contornar a brecha nos computadores em que está instalado. O mesmo vai ocorrer com o Linux. A Mozilla já informou que alterar o Firefox por causa das falhas.
Spectre e Meltdown
Tanto Meltdown quanto Spectre permitem que programas maliciosos explorem brechas na forma como processadores funcionam. Por meio delas, um desses programas pode para ler a memória de outros programas e, a partir daí, acessar informações sensíveis.
A diferença entre as duas brechas é que a Meltdown é exclusiva de chips da Intel, enquanto a Spectre também atinge outros fabricantes. Outro ponto que diferencia as duas é o tipo de memória que pode ser lida.
Enquanto a Spectre permite a leitura da memória de outros programas, a Meltdown permite a leitura da memória do kernel — o “coração” do sistema operacional.
Em geral, o kernel não possui informações muito úteis, já que quase todos os dados pessoais e sensíveis ficam na memória usada por aplicativos.
O kernel, no entanto, pode conter dados técnicos relevantes para que outras brechas sejam exploradas. Além disso, quem ler a memória do kernel pode, na prática, ver qualquer outra memória do computador, o que garante um acesso mais abrangente.
A falha Meltdown é a mais grave e a mais fácil de ser explorada. Mas também é a mais fácil de ser corrigida, pois basta uma atualização do sistema operacional que roda na máquina atingida.
Já a Spectre é bastante difícil de explorar e a mais difícil de corrigir. Isso porque é provável que diversos programas tenham que seu impacto seja minimizado.
Fonte: G1