IBGE apura deflação em três capitais
Três capitais registraram deflação em julho. A mais expressiva foi em Campo Grande (-0,24%), seguida por Porto Alegre (-0,12%) e Rio de Janeiro (-0,03%). Em junho, todas as capitais haviam registrado deflação.
A maior alta na inflação por região foi registrada em Curitiba (0,49%). Em seguida, aparecem São Paulo e Goiânia, ambas com alta de 0,38%. Na sequência, as demais capitais que com inflação maior que a geral do país foram Salvador (0,35%), Belo Horizonte (0,31%), Recife (0,29%) e Brasília (0,28%).
O coordenador de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, destacou que todas as capitais registraram inflação abaixo do piso da meta em julho.
Deflação em junho
No mês de junho, o índice teve deflação de 0,23%, a primeira em 11 anos, puxada pelas contas de luz e alimentos. O resultado foi o mais baixo para um mês de junho desde o início do Plano Real.
A última vez que o índice teve variação negativa foi em junho de 2006, quando a taxa caiu 0,21%. O IPCA nunca foi tão baixo desde agosto de 1998, quando a taxa atingiu -0,51%.
Expectativa para agosto
Para agosto, o IBGE estima que o IPCA poderá vir com alta. Isso porque o índice sofrerá impacto dos reajustes nos preços em vários itens de consumo entre o final de julho e o começo de agosto.
As tarifas de água e esgoto foram reajustadas em 3,6% no Rio de Janeiro, em 8,69% em Belo Horizonte e em 6% em Vitória. O gás encanado no Rio de Janeiro foi reajustado em 1,03% e o botijão de gás teve reajuste de 6,9% no país.
Outros impactos relevantes na composição do índice em agosto virão da tarifa de energia elétrica, cuja cobrança está na bandeira vermelha (R$ 3 a cada 100 kwh consumidos) em todo país. Além disso, houve reajuste de 8,53% na tarifa cobrada em Vitória e de 6,87% em Belém.
Houve ainda reajuste de 4,65% nas passagens dos ônibus intermunicipais em Goiânia, reajuste entre 3% e 4% nos pedágios do Rio e de São Paulo e de aproximadamente 14% nos planos de saúde antigos.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,17% em julho, ficando acima da taxa negativa de 0,30% de junho. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 2,08%, ficando abaixo dos 2,56% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2016, o INPC foi de 0,64%.
Fonte: G1