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2017: corte nas taxas de juros deve prosseguir

O corte da taxa básica de juros pelo Banco Central deve continuar em 2017, segundo os economistas, mas com ritmo moderado. A redução não deverá gerar impactos imediatos para o consumidor, mas pode criar um ambiente mais positivo para a retomada dos investimentos.

A previsão do mercado financeiro é de que o juro básico, a chamada taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, caia para 10,50% ao ano no fim de 2017. Os juros brasileiros são os maiores do mundo. A redução das taxas tende a diminuir o custo de investimentos e favorecem o pagamento de dívidas.

Rogério Mori diz que “os juros vão acompanhar a melhora da inflação”, mas ressalva que essa queda “não vai ser tão rápida como se espera”. “Não acredito em cortes de mais de 0,5 ponto percentual de uma vez, porque ainda podemos ter algumas surpresas negativas na inflação que podem postergar uma queda maior da Selic.”

O economista Alexandre Schwartsman disse que a expectativa, neste momento, é de que o processo de redução da taxa de juros comece a impulsionar a demanda por um lado e acelere o processo de concessões. Para ele, o corte dos juros pode abrir oportunidades para investimentos em infraestrutura.

Zeina Latif explica que “o corte de juros pode trazer algum alento, mas o efeito não é automático” para a população. Com juros mais baixos, o efeito esperado é que o consumo das famílias aumente, ajudando no crescimento econômico. Mas, “quando a gente analisa o tempo que demora para a política monetária impactar na atividade econômica, são dois trimestres para ter efeitos mais palpáveis”, aponta a economista.

Miguel Daoud ressalva que, mesmo com a queda da Selic, a retomada do consumo pode não acontecer, pois ela depende de outros fatores além dos juros. “A retomada do consumo vai ser muito lenta, porque está muito ligada ao desemprego e à queda da renda”, diz o economista. Ele lembra que a queda da Selic pode não ser repassada aos consumidores pelos bancos devido a fatores como os elevados índices de inadimplência.

Fonte: G1

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