Comércio brasileiro empregou 10,7 milhões em 2014, mostra IBGE
O comércio brasileiro empregou um total de 10,7 milhões de pessoas em 2014, segundo a Pesquisa Anual de Comércio (PAC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação ocorreu nesta quinta-feira (25). Este número é maior do que o observado no ano anterior, quando o setor empregou 10,4 milhões.
A massa salarial também apresentou crescimento real, segundo o IBGE, de 8,1%, acompanhado por um aumento de 3,3% do número de pessoas ocupadas.
O desempenho das diversas atividades de comércio foi impactado tanto pela dinâmica de outros setores e, principalmente, pela dinâmica do mercado de trabalho, do mercado de crédito e pela elevação da renda média da economia brasileira no período 2007-2014, analisou o instituto.
O setor movimentou R$ 3 trilhões em receita líquida operacional, e pagou R$ 186,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, no total de 1,6 milhão de empresas. Em 2014, os resultados da pesquisa indicaram que a receita do setor de comércio, como um todo, cresceu 7,3% em termos reais.
O crescimento da receita foi impulsionado pelo desempenho do segmento do comércio atacadista cuja contribuição para o crescimento da receita foi 3,7 pontos percentuais, analisou o estudo. Contudo, o comércio varejista respondeu por 78,8% do número de empresas, contando com 1,3 milhão de empresas.
Massa salarial e pessoas ocupadas
O comércio varejista empregou 7,9 milhões de pessoas, ou 73,7% do total, e também foi responsável pela maior massa salarial, 62,9%, informou o instituto. A atividade de hipermercados e supermercados foi a que teve o maior número de pessoas ocupadas 1,2 milhão, ou 10,8%, e na massa salarial R$ 19,9 bilhões (10,7%).
Dentre as atividades que compõem este segmento, a pesquisa mostrou que o comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos e comércio varejista de material de construção foram as que mais contribuíram com 0,8 pontos percentuais para o crescimento da massa salarial.
O salário médio cresceu 4,7% em termos reais para atividade comercial. O destaque foi o comércio varejista com crescimento de 6,8%. Comércio varejista, no entanto, apresentou o menor salário médio mensal (R$ 1.143,00) contra R$ 2.058,00 do atacadista e R$ 1.574 do comércio de veículos automotores, peças e motocicletas. A média da PAC foi, em 2014, R$ 1.340,00, informou o estudo.
O estudo mostrou ainda que a atividade que registrou o maior crescimento da massa salarial anual (21,5%) foi comércio varejista de outros produtos novo.
“O destaque em geração de pessoal ocupado foi o comércio atacadista de papel e papelão em bruto e de embalagens (14,2%). Já o destaque em crescimento do salário médio foi o comércio varejista de outros produtos novos 19,7%, atividade caracterizada por pagar salários relativamente baixos (R$ 1.000,00, em 2014)”, ressaltou a PAC.
De acordo com a pesquisa, a venda em lojas, postos de combustíveis, boxes em mercado, depósitos, galpões armazéns e salas é a predominante no comércio varejista, conteudo, perdeu participação entre 2007 e 2014.
Receita
O comércio atacadista respondeu pela maior parcela de receita 1,3 trilhão, ou 44,4%, seguido pelo comércio varejista, com 43,4%. O comércio atacadista de combustíveis e lubrificantes correspondeu a 10,5%, e hiper e supermercados, 10,4%.
Dentre as atividades que compõem este segmento, o comércio atacadista de combustíveis e lubrificantes com crescimento real de 10,1% foi a que mais contribuiu para o crescimento total de receita (1,0 p.p.), ressaltou o IBGE.
“Vale mencionar que a atividade de representantes e agentes do comércio (exceto de veículos e motocicletas) obteve a maior taxa de crescimento da receita real da PAC 2014 (19,8%)”, concluiu a pesquisa.
Segundo o IBGE, não houve mudança estrutural na distribuição regional da receita do comércio entre 2007 e 2014. A região Sudeste, porém, perdeu participação, enquanto as regiões Centro-Oeste e Nordeste mostraram aumentos de participação.
Fonte: G1