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Plano de saúde popular gera polêmica

No início do mês passado, o ministro da saúde, Ricardo Barros, defendeu a criação de um plano de saúde popular, com custos menores e com uma cobertura menor do que o definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como mínima obrigatória. Para isso, é necessária a publicação de uma nova resolução pela ANS.

Esta proposta já enfrenta várias críticas. Algumas entidades questionam o fato de o próprio ministro estar tão envolvido em uma ideia que envolve o setor privado, quando deveria focar no sistema público. Por outro lado, as empresas que comercializam os convênios defendem a ideia, já que dizem que o modelo atual se tornou caro demais. Entre dezembro de 2014 e junho de 2016, as operadoras de saúde perderam 3,8% de seus beneficiários.

Apesar de o plano do ministro ainda não ter sido detalhado, ele já afirmou que os planos mais baratos poderiam ser viabilizados pela “redução das exigências” para os planos de internação hospitalar, que são os do tipo mais completo. O rol de procedimentos da ANS é o que estabelece as exigências, que incluem tratamentos, exames e cirurgias considerados como o mínimo necessário para as necessidades dos pacientes dos planos. Para os críticos, permitir um plano com cobertura menor seria autorizar legalmente que convênios deixassem de ofertar tratamentos e exames mais caros.

O ministro disse, em entrevista ao El País, que “ninguém é obrigado a ter plano de saúde” e que, caso as pessoas fiquem descontentes com o serviço dos novos planos, elas poderão cancelá-los.

Segundo reportagem publicada na revista Época , o maior doador individual da campanha de Barros foi um sócio do grupo Aliança, uma administradora de planos de saúde. No entanto, Barros diz que sua proposta tem como objetivo desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS). Críticos dizem que ministro da Saúde quer favorecer as operadoras de saúde que ajudaram a financiar sua campanha.

Fonte: Opinião e Notícia

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