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Especialista dá dicas para fazer um empréstimo com segurança

Na hora em que o cinto aperta, o pequeno empresário tem que saber onde pisar para não se complicar. Dever dinheiro pode ser a diferença entre a sobrevivência ou a morte de uma empresa.
 
O empresário Humberto Gonçalves, por exemplo, viu o faturamento de sua fabrica de porcas e parafusos despencar no ano passado. Ele teve de recorrer a um empréstimo bancário para pagar os funcionários. O empresário pegou R$ 45 mil emprestados, em 36 parcelas. Só que, com os altos juros do Brasil, a dívida já passou de R$ 100 mil.

Humberto até que tentou fazer a lição de casa. Ao mesmo tempo em que pegou dinheiro emprestado, cortou o que pôde na empresa. Mas não foi suficiente. Agora, o empresário está atrasando as prestações da dívida com o banco e pagando juros ainda maiores. Um efeito bola de neve. Com as vendas só caindo a empresa está quase fechando as portas.

Segundo o empresário, desse jeito, só consegue agüentar até o final do ano. O especialista em finanças Roberto Vertamatti dá dicas para não cair na armadilha da dívida no Brasil, país com um dos juros mais altos do mundo.

A primeira coisa é saber que negócios demoram mais para dar retorno. Por isso, é preciso reservar 30% do investimento, para o capital de giro, por pelo menos seis meses do negócio. Outra dica é ficar sempre de olho no fluxo de caixa: despesas não podem ser maiores que as receitas. É preciso também ajustar as compras conforme as vendas.

A empresária Berenice Freire é a prova de que o controle financeiro pode ser a solução para o endividamento. Ela fabrica produtos para a indústria de cosméticos, higiene e limpeza. Em 2011, chegou a uma dívida assustadora, de R$ 10 milhões, com bancos e fornecedores.

Berenice foi atrás das causas do problema e começou a consertar a empresa. Primeiro, substituiu produtos que vendiam muito, mas não davam lucro. E vendeu estoque em excesso para fazer dinheiro rápido, em vez de pegar dinheiro no banco.

Depois, a empresária contratou um profissional para renegociar com os bancos e conseguiu derrubar a divida pela metade com prazo de até 48 meses para pagar. Além disso, Berenice também cortou o que pode de gastos pessoais. Vendeu carro e passou a andar de ônibus.

Em dois anos, ela limpou o nome e deu a volta por cima. Em 2015, ano de crise econômica, a fabrica de Berenice faturou R$ 30 milhões, sem dever um tostão para o banco.

Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios

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