Desafios da autorregulação da corretagem de seguros
Trazendo o tema Para onde caminha o seguro na América Latina?, o XXVI Congresso Panamericano de Produtores de Seguros da Copaprose propôs uma reflexão sobre as perspectivas do mercado de seguros nos próximos anos, diante de um cenário econômico instável e de profundas mudanças na sociedade. Entre 20 e 22 de abril, o evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente do Sincor-SP e vice-presidente da região Sudeste na Fenacor, Alexandre Camillo, que também participou como palestrante no painel que abordou a Autorregulação na Corretagem de Seguros.
Durante o painel, Camillo defendeu que a autorreguladora vem prezar pela qualidade da prestação de serviços e confiança do público. Confiança é a palavra-chave do nosso setor, e, justamente por transmitir confiança, o corretor é um profissional que mesmo nos dias de hoje ainda consegue manter relação de longo prazo com o cliente, disse.
Camillo lembrou que a função dos órgãos de supervisão também envolve promover a elevação do nível da capacitação dos profissionais e exercer o efetivo controle e sanção por não cumprimento de condições contratuais. A autorreguladora deverá verificar que uma empresa, ao fazer sua propaganda, não fale mal de concorrentes ou outras linhas de negócios. Recentemente no Brasil tivermos empresas que julgaram que a venda de seguros poderia ser feita de maneira direta, com mais agilidade, e que para isso seria desnecessária a figura do intermediário, afirmou.
A autorreguladora colabora com o órgão regulador para a fiscalização, dando mais braços de atuação. No Brasil, um País de dimensões continentais, com 80 mil corretores e proposta de expansão, sem dúvida a autorreguladora se faz necessária. É uma entidade auxiliar que cumpre ajudar o órgão supervisor a ter mais resultados principalmente na fiscalização preventiva, regulação mais dinâmica, e mais agilidade, que é o que esperamos em uma ação de correção.
Reivindicando a volta do recadastramento dos corretores de seguros, Camillo ressaltou que esta é uma ação importante para atualizar os dados da categoria e checar regularidades. Faz alguns anos que esse recadastramento não é praticado e era muito bem feito pelos Sincors de todo o Brasil. A proposta da autorregulação é um avanço, mas para se dar um passo adiante é necessário que a gente tenha etapas consolidadas.
Fonte: Sincor-SP