Fitch rebaixa notas de crédito de seguradoras brasileiras
A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito (FFS, ou Força Financeira de Seguradora) da Bradesco Seguros para BBB, de BBB+, com perspectiva negativa, além dos ratings de longo prazo (IDRs) em moedas local e estrangeira da Sul América S.A. (Sasa) para BB, de BB+. Os cortes são reflexo do rebaixamento da nota de crédito soberana do Brasil, ocorrido na semana passada.
A Fitch também afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo em AA(bra) e os Ratings Nacionais da dívida sênior sem garantias reais em AA-(bra) da Sul América.
O rebaixamento do rating de FFS da Bradesco Seguros considera a mesma ação no IDR de Longo Prazo em Moeda Local de seu controlador, o Banco Bradesco S.A. (Bradesco, IDR de Longo Prazo em Moeda Local BBB/Perspectiva Negativa).
Segundo a Fitch, o rebaixamento da Bradesco Seguros retrata a reduzida capacidade de o Bradesco prover suporte à seguradora, se necessário. A Fitch considera a Bradesco Seguros uma subsidiária principal do Bradesco. Por isso, seus ratings são igualados aos de seu controlador, diz a agência.
Ainda de acordo com a Fitch, os ratings da Bradesco Seguros são vinculados aos do banco Bradesco. Por isso, qualquer alteração nos ratings do banco afetarão os ratings da seguradora, assim como uma alteração na intenção de o banco prestar suporte, o que a Fitch considera altamente improvável, afirma em sua revisão da nota.
No caso da Sul América, os IDRs são limitados pelos ratings do Brasil, razão pela qual o rebaixamento dos ratings soberanos levou à sua redução, segundo a Fitch. O estreito vínculo entre os ratings da Sasa e os do soberano é resultado da total concentração das operações da Sasa no Brasil e do grande montante de títulos do governo brasileiro que a seguradora detém.
A Fitch avaliou também que, caso haja um novo rebaixamento dos ratings soberanos do Brasil, os IDRs da Sul América estarão sujeitos a uma revisão que poderia resultar em várias ações de rating, desde a afirmação até o rebaixamento em dois graus, com base na metodologia de rating de seguros da Fitch.
Desde a última semana, a agência também cortou as notas de bancos brasileiros e empresas, como efeito do rebaixamento do rating soberano do Brasil, que apesar do corte, permaneceu com o grau de investimento (selo de bom pagador).
Fonte: G1
