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Pegadinha

A Caixa Seguridade e o IRB mantinham, até o fechamento desta edição, os procedimentos para abrir o capital. Inicialmente, as empresas foram bem avaliadas por bancos e investidores porque, apesar da crise, as contratações de seguros continuam crescendo. No caso da Caixa Seguridade, existe uma vantagem adicional: um contrato de exclusividade com a Caixa Econômica que determina que ela é a única corretora que pode vender seguros nas 3500 agências d o banco por 35 anos. Mas há uma pegadinha.
A Caixa Seguridade é sócia da Caixa Seguros, que, por sua vez, é controlada pela seguradora francesa CNP. Em princípio, o fato de haver um sócio privado era visto como ponto positivo, já que diminui o risco de ingerência estatal. O problema é que o contrato com a CNP termina em 2021. Se ele não for renovado e a Caixa Seguridade não fechar uma parceria com outra seguradora. pode não ter o que vender nas agências. Para os envolvidos na negociação, é pouco provável que a CNP não queira negociar, pois isso a faria perder a chance de vender seguros nas agências da Caixa.
A dúvida é quais serão as exigências dos franceses – o que terá impactos nos resultados da Caixa Seguridade. Em razão da incerteza, a perspectiva de valor de mercado da empresa já foi reduzida 30%. O IRB é a única companhia que, até agora, manteve inalterado o plano de estrear na bolsa até o fim do ano. BR, Caixa Seguridade, IRB e Petrobras não deram entrevista.

Fonte: Exame

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