Saúde dos Pequenos na Balança
Antes considerados problemas de países ricos, o sobrepeso e a obesidade estão em alta nas nações de baixa e média rendas, em especial nas áreas urbanas, conforme estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No mundo todo, já são responsáveis por mais mortes do que a desnutrição.
Se até meados do século passado 50% das mortes eram provocadas por doenças infecciosas, hoje elas causam apenas 5% dos óbitos. Já as doenças crônicas causadas principalmente pelo estilo de vida inadequado foram responsáveis por 49% dos 35 milhões de falecimentos de 2005, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão é de que, em 2030, as doenças crônicas respondam por 70% do total de mortes.
Segundo Dr Fabio Cardoso especialista em medicina preventiva e longevidade a obesidade tem causa multifatorial, envolvendo questões biológicas, econômicas, sociais, políticas e culturais. Mas a principal causa costuma ser o desequilíbrio entre o consumo de alimentos e o gasto de calorias.
Segundo a (OMS), nos últimos anos houve um aumento global do consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, sal e açúcar, mas pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes. Ao mesmo tempo, ocorreu uma queda na atividade física por causa do aumento de atividades laborais de natureza sedentária, mudança nos meios de transporte e aumento da urbanização.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), anuncia até junho sua nova recomendação para o consumo de açúcar. Em 2002, orientava até 10% do valor calórico ingerido no dia. Agora, orienta somente 5%.
Para a entidade, governos precisam restringir a publicidade infantil e elevar impostos sobre produtos ricos em açúcar, como refrigerantes e alimentos processados. Outra medida sugerida é reforçar leis sobre a etiquetagem de produtos para incluir detalhes sobre o volume de açúcar. A OMS pede que governos e indústrias de alimentos negociem uma redução na quantidade de açúcar nos alimentos processados.
Esta medida já foi colocada em prática em vários países. Na Finlândia, desde 2011 cobram-se taxas por produtos como doces, chocolates e refrigerantes. Na França, desde 2012 os consumidores pagam mais por bebidas com adição de açúcar e com adoçantes artificiais, enquanto a Hungria aplica desde Setembro de 2011 uma taxa adicional sobre vários produtos considerados nocivos para a saúde, como bebidas energéticas, produtos açucarados pré-embalados e aperitivos salgados.
De acordo com o Ministério da Saúde, 46% das crianças de zero a cinco anos de idade que vivem no Brasil consomem biscoitos e refrigerantes diariamente.
Ainda segundo Dr Fábio temos evidências sólidas de que manter o consumo de açúcar abaixo de 10% do consumo de energia reduz os riscos de sobrepeso, obesidade e problemas dentários, e como disse Francesco Branca, diretor da OMS para Nutrição. “Fazer mudanças em políticas nessas áreas será fundamental se governos quiserem atingir suas metas de redução de doenças não-transmissíveis.”
No Brasil, tramita na câmara, vários projetos de lei que pelo menos melhoram a informação ao consumidor sobre os produtos que contém alto teor de açúcar, e se procura produzir o mesmo efeito que foi realizado como o cigarro.
Parece pequeno, mas para o Dr é um passo importante no processo de conscientizar nossa população sobre o efeito de suas escolhas alimentares sobre a sua saúde.
E na nessa corrente de trazer mais saúde aos pequenos, a Chef saudável e funcional Lidiane Barbosa lança história infantil com receitas saudáveis e dicas para nos ajudar nessa alimentação mais limpa e sem neuras, para nossas crianças a em parceria com a escritora Ana Paula Abreu, o livro Vó Leninha em
O Aniversário de Isabela (Editora Viajante do Tempo), já está sendo um sucesso.
A obra convida o leitor a viajar na companhia da vó (personagem de outro livro infantil de Ana Paula, O Mistério da Sopa da Vó Leninha), que organiza uma festinha de aniversário para a neta, Isabela, e se esmera no preparo de deliciosos e saudáveis quitutes. São receitas de salgados como coxinha e esfirra e de doces como bolo e brigadeiro (todos sem o uso de glúten, leite, açúcar refinado e outros alergênicos), assinadas por Lidiane. Ao longo da narração a Vó Leninha também ensina os leitores a cuidar da horta.
De cunho didático, a obra explica a importância de se alimentar bem. Nas últimas páginas, o livro traz um glossário mostrando o que são e para que servem os superalimentos, como inhame e linhaça.
A chef sugere às famílias incentivarem a alimentação saudável entre as crianças, cozinhando juntos, levando-as para as feiras livres e para os supermercados para que conheçam produtos saudáveis. Defende que os pequenos aprendam a cozinhar seu próprio alimento e a preparar seus bolos para levar para o lanche da escola e a dividir o que aprendem com os amigos. Além de estimular o convívio familiar, fugimos dos industrializados e, quem sabe, estimulamos um futuro chef de cozinha.
Fonte: Segs.com.br