Governo aceita reajuste de 6,5% na tabela do IR para quem ganha menos
O governo federal concordou com um reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) deste ano para as faixas de renda menores, ou seja, para quem ganha menos, informou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta terça-feira (10).
Essa correção de 6,5% valerá para as duas primeiras faixas de renda e será implementada por meio de Medida Provisória (MP) – com vigência a partir de 2 de abril, mas que precisa ser ratificada posteriormente pelo Legislativo. Na terceira faixa de renda, o reajuste proposto será de 5,5%. Na quarta e na quinta faixas de renda – para quem recebe salários maiores – a tabela do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e 4,5%, pelo novo modelo.
A ideia inicial do governo era de propor um reajuste menor para a tabela do Imposto de Renda em 2015, de 4,5%, a exemplo do que foi feito nos últimos anos, mas isso não foi encampado pelo Legislativo. O Congresso Nacional aprovou, no ano passado, um reajuste de 6,5% para todas as faixas de renda – mas a presidente Dilma Rousseff vetou esse formato no início de 2015..
A proposta de uma correção maior da tabela para as pessoas com renda menor foi feita por parlamentares. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a ir ao Congresso Nacional na manhã desta terça-feira para debater o assunto, e informou que a equipe econômica tentaria promover um reajuste maior, de 6,5%, para quem salários menores. Na noite de hoje, ele retornou ao Parlamento para retomar as negociações, mas não houve acordo com a oposição.
Governo busca evitar nova derrota no CongressoCom o novo formato de reajuste da tabela do IR, proposta feita por parlamentares, mas não aceita pelos partidos de oposição, o governo tenta evitar mais uma derrota no Congresso, que pode votar esta semana para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% aprovada pelo Senado em dezembro do ano passado.
A decisão também pode abrir caminho para a votação do orçamento federal deste ano. Isso porque os parlamentares se reunirão nesta quarta-feira (11) para analisar a peça orçamentária. Entretanto, antes disso, a pauta tem que ser “destravada” com a avaliação de nove vetos presidenciais – entre eles o que trata do reajuste da tabela do Imposto de Renda, o item considerado mais polêmico.
Fonte: G1