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Vai motivar as pessoas, diz brasileiro sobre prêmio máximo de matemática

O brasileiro Artur Ávila Cordeiro de Melo, de 35 anos, disse que o prêmio Medalha Fields, equivalente a um Nobel de matemática, vai ajudar a incentivar o interesse pela pesquisa em matemática no país. “O Brasil nunca teve uma medalha dessas. Vai motivar as pessoas”, disse Ávila no vídeo de apresentação de sua premiação, nesta quarta-feira (13) em Seul, noite de terça-feira (12) no Brasil, durante a abertura do Congresso Internacional de Matemática.
Ávila contou que quando recebeu um email do coordenador da União Internacional de Matemáticos (IMU) pedindo o número do seu telefone celular, pressentiu que seria premiado com a Medalha Fields. “Foi nesse momento que percebi que eu tinha ganho”, disse. “Me senti muito feliz e relaxado.” O brasileiro disse ainda no vídeo que o prêmio também vai ser bom para a França, onde ele coordena um centro de pesquisas em matemática.
Ele foi o primeiro dos quatro premiados a ser chamado ao palco. Nervoso, Ávila se antecipou para pegar a caixinha com a medalha das mãos da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye. Ela, no entanto, pediu para ele esperar alguns segundos até se posicionar corretamente para as fotos e lhe entregar o prêmio. Além da medalha, Ávila vai receber um prêmio em dinheiro equivalente a R$ 31 mil.
Ávila é o primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber o Medalha Fields. O prêmio é dado para a União Internacional de Matemáticos (IMU) a quatro pesquisadores do mundo.
No argumento, os diretores da IMU destacaram o trabalho de Ávila por suas “profundas contribuições na teoria dos sistemas dinâmicos unidimensionais”, em que estuda o comportamento de sistemas sujeitos a alterações constantes. Esses sistemas podem ficar mais ou menos estáveis ou caóticos, e é difícil distinguir quando cada caso pode acontecer.
Os outros três ganhadores são Manjul Bhargava, da Universidade de Princeton (EUA); Martin Hairer, da Universidade de Warwick (Inglaterra) e Maryam Mirzakhani, da Universidade de Stanford (EUA), uma iraniana que é também a primeira mulher a ser premiada.
Em nota do Impa, Avila comenta que prêmios como a Medalha Fields permitem levar a ciência para o imaginário popular. “No caso do Brasil, imagino que essa conquista tenha uma importância particular, já que demonstra, de maneira clara, que temos condições de fazer ciência do mais alto nível. (…)  Depois que perdemos para a Alemanha na Copa do Mundo, o Ronaldo não fez piada com o fato de não termos prêmios Nobel?”

Fonte: G1

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