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Mercado Segurador oferece diversas carteiras ainda pouco exploradas

Quando se fala em seguros, o primeiro setor que vem à cabeça é o de automóveis. Atualmente, porém, há uma gama de possibilidades no mercado de seguros que são pouco exploradas pelos corretores, como explica Boris Ber, diretor-presidente da Asteca Seguros, ao falar do Seguro Saúde.
“Uma área que ainda tem muito a crescer é o seguro saúde. Hoje tem muita gente que saiu da informalidade, empreendedores, e esse é um campo grande a ser explorado. Alguém que era funcionário de uma empresa e hoje é autônomo, precisa contratar essa proteção”.
Além do Seguro Saúde, outras carteiras, como Elementares e Vida e Previdência, também estão em ascensão no mercado e têm atraído cada vez mais clientes. Outro exemplo é o Seguro Ocupacional, que, segundo Boris, é obrigatório para contratação e demissão de empregados.
“Seguro ocupacional é obrigatório para qualquer empresa que contrata um funcionário. O corretor já conhece o cliente dele, tem que oferecer o Residência; se ele tem uma empresa ou escritório, deve oferecer algo diferente na renovação. Num ano oferece o Saúde, no outro, o Vida”.
Guilherme Fedrizzi, empresário e corretor da Fedrizzi Seguros, cita mais segmentos com grande potencial, que muitas vezes não são lembrados pelos corretores.
“Seguro de Responsabilidade Civil e risco de engenharia. As empresas e os profissionais liberais/ autônomos, hoje em dia, não podem deixar de se preocupar com a responsabilidade civil perante o mercado em relação aos seus produtos e serviços. Também existe uma tremenda responsabilidade junto à sua equipe de trabalho. Todos corremos riscos de acidentes de trabalho. Seja por falha humana ou não. Exemplifico a atividade de um médico. Talvez por falha humana tenha deixado um paciente com sequelas ou cicatrizes. Esse profissional está sujeito à erros e consequências que podem abalar até mesmo sua estabilidade financeira. Aí surge a oportunidade de fazer um seguro e trabalhar mais tranquilo”.
Segundo Fedrizzi, o Risco Engenharia é importante neste momento de expansão da classe e a procura pela casa própria. Com isso, as obras civis crescem e implicam em grandes responsabilidades.“Desde o engenheiro, que assina a obra, até a incorporadora e a empreiteira. Existem vidas em jogo. Além do investimento financeiro. Daí se dá a importância da contratação de um seguro de risco de engenharia”.Guilherme complementa afirmando que os produtos relatados são pouco trabalhados e geram bom retorno financeiro para os corretores de seguro. Além de ter uma concorrência menor. Diante de tantos produtos existentes no mercado segurador, é possível notar certa resistência por parte dos corretores, que muitas vezes preferem focar apenas no seguro de automóveis. De acordo com Boris, o que existe no mercado hoje é uma certa acomodação por parte dos profissionais.
“O volume de comissão do automóvel é atrativo e muitas vezes o corretor não quer se complicar, não tenta continuar a venda com outros produtos. Isso acaba sendo uma acomodação por parte dele. É um defeito que a classe tem que vencer. Estão surgindo ameaças ao Seguro Auto, como, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o carro sai segurado de fábrica por três anos. Aqui, no Brasil, os canais eletrônicos estão crescendo. Então, o corretor tem que parar para pensar e projetar a vida dele a longo prazo, e traçar uma meta para 5, 10 ou 15 anos. É importante buscar ferramentas para aumentar a carteira em outros ramos e na forma como ele irá abordar o cliente daqui por diante”.Guilherme também aconselha os corretores a investirem em treinamentos para expandir suas carteiras.“O corretor deve buscar aperfeiçoamento. É de fundamental importância que ele conheça o produto que está oferecendo. A grande maioria dos corretores só vendem o seguro residencial e o seguro de automóvel. Isso porque não requer um conhecimento mais específico. O mercado todo conhece, inclusive os clientes. Acaba sendo mais cômodo para o corretor de seguro. Ter uma equipe treinada faz com que o seguro seja melhor vendido. Acredito que prestamos um serviço de consultoria e não de venda. O cliente deve conhecer e estar ciente do que está comprando. Só assim ele ficará satisfeito com seu consultor/corretor de seguros. E cliente satisfeito traz novos clientes”.

Fonte: CQCS

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