Taxa de desemprego fica em 4,9% em abril
Mercado de trabalho: o que dizem os dados do IBGE e do Caged – A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE continua baixa, como mostraram os dados divulgados hoje. Em abril, ficou em 4,9%, a menor para o mês desde que a pesquisa começou a ser feita pelo instituto, em 2002. É quase 1 ponto percentual mais baixa do que a taxa registrada em abril do ano passado e está praticamente no mesmo nível do desemprego de março, quando ficou em 5%.
Mas o mercado de trabalho brasileiro, como se sabe, tem suas distorções: Porto Alegre, por exemplo, tem desemprego de 3,2%, enquanto em Salvador está em 9,1%. Em Recife, subiu de 5,5% para 6,3%; Em Belo Horizonte (3,6%) e Rio de Janeiro (3,5%), ficou no mesmo nível e, em São Paulo, caiu de 5,7% para 5,2%. Com esses resultados regionais, o IBGE chegou à taxa de 4,9%.
Ontem, os dados do Caged mostraram dados de abril também que parecem contraditórios, mas que não são porque estamos falando de pesquisas diferentes. Pelo Caged, a abertura de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em todo o Brasil, foi 46,5% menor em abril em relação a igual período do ano passado. A geração líquida foi de 105.384 empregos, o que representa o pior resultado para o mês desde 1999. Essa pesquisa, portanto, é mais ampla e calcula só as vagas formais. Os especialistas analisaram esse dado do Caged como mais um sinal de que a economia está fraca.
A economista Mariana Hauer, do banco ABC Brasil, acha que não há perspectiva de um aumento na taxa de desemprego, mas diz que o rendimento médio real já mostra sinais de desaquecimento no crescimento, em parte pela inflação e em parte pelo desaquecimento no comércio e na indústria.
Mariana se refere ao resultado do rendimento médio do trabalhador que, em abril, ficou em R$ 2.028,00, 0,6% menor em relação a março.
Os dados do IBGE mostram que a população ocupada caiu 1,9% na indústria, 0,9% na construção, mas cresceu 1,1% no comércio e 3,5% em serviços domésticos em abril em relação a março.
Fonte: O Globo