Congresso começa com objetivo de projetar avanços do mercado no século XXI
O 18º. Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros e o 2º Congresso Brasileiro de Saúde Suplementar, ambos promovidos pela Fenacor no Rio de Janeiro, começaram ontem (16/10), reunindo quase 4 mil pessoas, entre corretores de todo o paós, representantes de entidades de classe e executivos de seguradoras. Nesta edição, o tema é O mercado de seguros no Brasil do Século XXI.
Na solenidade de abertura, o deputado federal e presidente da Fenacor, Armando Vergílio, destacou que se tratava de evento que transcorria em momento histórico para o setor e para os corretores em virtude de vários projetos de lei que podem ser votados até o final do ano e que devem afetar diretamente a classe e o mercado.
É possível que sejam apreciados o PL 3.555/04, que institui a Lei do Contrato de Seguro, além das propostas relacionadas com o desmonte legal e com o microsseguro, além do PLC 237, que modifica o Regime da Microempresa para inserção de categorias por teto de faturamento, de modo a incluir os corretores de seguros e corrigir uma grande injustiça, comenta Vergílio.
Ele também se posicionou contra a regulamentação do agente de seguros. Não há necessidade. O trabalho do corretor é responsável por mais de 85% da arrecadação do setor e foi com esse canal que o mercado dobrou de tamanho em quatro anos. O que a categoria anseia é uma industria moderna, com avançados modelos de gestão, para que possamos novamente dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, acrescenta.
A cerimônia contou também com pronunciamento do presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, que apontou as chances atuais de crescimento e desenvolvimento para os corretores. Os profissionais de corretagem podem contar com todo apoio da Escola e este evento é uma grande oportunidade de projetamos as soluções para o mercado que queremos no século XXI.
O presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, ressaltou a data muito especial promovida pela Fenacor no sentido de debater os rumos do seguro e da saúde suplementar, buscando novos caminhos para temas relevantes na construção de um mercado de seguros cada vez mais importante para a sociedade.
Representando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o secretário executivo da pasta, Diogo Oliveira, enalteceu o expressivo crescimento do mercado de seguros, que chega a quase 20% anuais. Isso comprova que temos uma economia em crescimento e grandes perspectivas para o futuro. Seria um sonho se tivéssemos o mesmo porcentual de expansão para todos os outros setores da economia.
O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Pezão, falou da importância crescente da economia fluminense, em virtude dos grandes investimentos em infraestrutura por causa da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, enquanto o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles, apresentou palestra com foco em indicadores financeiros que têm reflexo no mercado de seguros.
A situação econômica difícil do mundo e do Brasil pode ser uma oportunidade para nosso país realizar todas as reformas estruturais necessárias para aumentar o crescimento potencial, conclui Meireles.
Fonte: CQCS