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Preço e concorrência podem barrar inovação do corretor

O grande problema do seguro no Brasil é a falta de informação e conscientização de grande parte da população – e não apenas dos “menos esclarecidos”, como analisa a gerente Administrativa da Moraes Martins Adm. e Corretora de Seguros (São Paulo/SP), Vilma Martins. Ela conta que lida diariamente com gerentes de empresas de grande porte no ramo de seguros diferenciados, pois opera com proteção para equipamentos florestais, e o que encontra é a preocupação do cliente em reduzir o custo do seguro. “Fica difícil inovar assim, considerando que a mentalidade predominante é a de que seguro só se faz em último caso, pelo menor preço possível, nem que seja necessário reduzir coberturas importantes, como Danos Elétricos, falando especificamente desse nicho do mercado”, comenta. Segundo Vilma, o cenário fica mais complicado porque as seguradoras têm elevado os preços dos seguros e, ao mesmo tempo, pioram o atendimento ao corretor, em função da redução de pessoal por medidas econômicas. “Outro ponto que tem chamado a atenção também, quando leio as condições gerais de vários outros ramos com os quais opero, como Auto, Vida e Saúde, é quantidade de itens que não têm cobertura em uma apólice. São os riscos excluídos, sendo que na maioria das vezes os segurados nem ficam sabendo quais são porque não é hábito do brasileiro ler nem as apólices que contratam e muito menos ainda suas condições gerais”, prossegue. “Precisamos, portanto, avançar muito ainda no básico para depois pensar em inovar, tendo em vista que inovação decorre de uma conscientização quanto a necessidade de fazer seguros em geral e não apenas de Automóvel”, argumenta Vilma. Ela reforça que a conscientização depende muito da educação. “Quanto maiores forem os horizontes do consumidor, mais fácil será trabalhar e por isso admiro a maneira como os americanos se beneficiam do mercado de seguros. Para eles, a contratação de uma apólice, seja qual for o ramo, é benefício e fator de segurança e não um mal necessário”.

Fonte: CQCS

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