Consumidores de seguros serão mais críticos
A Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) divulgou ontem, 30, os resultados de sua Primeira Pesquisa Acadêmica. O estudo revela a opinião de acadêmicos sobre situações atuais e tendências para os próximos cinco anos no mercado de seguros.A ANSP reúne um grande número de executivos e lideranças do mercado de seguros. Agregamos profissionais que têm relevância em suas áreas consultores, advogados, seguradores, corretores de seguros, profissionais liberais ligados ao mercado de seguros, explica o acadêmico Márcio Pires.Os membros responderam a questões sobre tendências em seguros de pessoas, auto, comportamento do consumidor e foco das empresas.Em relação ao segmento de pessoas, a pesquisa revela que a principal tendência é a criação de novos produtos. A questão também abordou o crescimento do VGBL, de planos individuais e coletivos, e microsseguros.Os corretores de seguros são os que mais acreditam no surgimento de novos produtos, já que 50% desses profissionais indicaram essa tendência.Na sequência, a maioria dos acadêmicos acredita no incremento de produtos individuais e do VGBL. São apostas e tendências que, se bem analisadas, podem dar frutos ao mercado, opina o acadêmico Fernando Simões.Para o ramo auto, o material questionou se nos próximos cinco anos os produtos permanecerão com os moldes semelhantes aos atuais, em relação a oferta; se sofrerão grandes transformações, com o aumento de participação, novas coberturas e serviços; ou ainda se deixarão de ter a relevância atual, com o aumento do destaque de outros ramos.Dentre as possibilidades, a maioria dos acadêmicos mais de 50% acredita que o segmento manterá o mesmo grau de importância, seguido dos 35% que preveem grandes transformações.Especificamente no caso dos membros das seguradoras, o percentual para grandes transformações se destacou, atingindo 45% das respostas.Outro destaque da pesquisa da ANSP é o comportamento do consumidor de seguros nos próximos cinco anos. Na opinião de 63% dos acadêmicos, os segurados tendem a ser mais críticos e conscientes.Isso inclui a evolução do nível de conhecimento sobre coberturas, direitos e deveres das apólices contratadas. Para Fernando Simões e Márcio Pires esse cenário exigirá produtos bem desenhados.Interesse acadêmicoDe maneira geral, as empresas do setor deverão investir prioritariamente no aumento do quadro de funcionários e em Tecnologia da Informação (TI). Porém, entre os acadêmicos ligados a empresas de advocacia, prevalece a crença de que as empresas terão foco em capilaridade, tratada na pesquisa como expansão física.Em relação à carência no mercado de debates e trabalhos científicos sobre produtos de seguros, gestão de empresas, tendências e aspectos legais e jurídicos que influenciam o setor, a pesquisa obteve respostas bem distribuídas.Os advogados optaram por debates com temas jurídicos; consultores e prestadores de serviços apontaram temas ligados a tendências do setor. Já corretoras e seguradoras, demonstraram maior interesse em assuntos relacionados a produtos.A pesquisa formulada pela ANSP contou com a consultoria do economista Francisco Galiza. Dos atuais 197 membros da Academia, 81 responderam as questões, o que equivale a 41% do total. Dentre os participantes, 39% são consultores ou prestadores de serviços; 25% seguradores; 22% corretores e 14% advogados.
Fonte: Revista Cobertura