Seguradoras de vida tentam evitar equiparação
Argumento é de que instituições não apresentam o mesmo risco dos grandes bancos – MetLife e Prudential Financial e reguladores estaduais estão questionando o Federal Reserve, banco central norte- americano, em como será realizada a supervisão das maiores seguradoras dos Estados Unidos nos termos da lei Dodd-Frank.
As seguradoras e os reguladores estão exercendo pressão sobre o Fed para evitar que as regras de capital bancário, como as exigidas pelas instituições financeiras que estão sob a supervisão do banco central, sejam também aplicadas ao ramo de seguros. O Federal Reserve disse que pode ser flexível com as normas.
“Nenhuma quantidade de costura será capaz de fazer com que os padrões de capital dos bancos se encaixe no balanço de uma seguradora de vida”, disse o presidente da MetLife, Steven Kandarian, em um discurso em Washington. “Não há uma maneira melhor” . A MetLife, maior seguradora de vida dos EUA, propôs ao Fed uma alternativa que entende ser mais apropriada para as seguradoras consideradas instituições financeiras sistematicamente importantes, ou SIFIs.
A seguradora número 2, a Prudential, também se reuniu com o Fed para discutir regras de padrões de capital. Ambas as empresas dizem que não são sistemáticamente arriscadas como acontece com os bancos.
O argumento das seguradoras é que regras de capital mais rígidas podem levar a preços mais altos para os consumidores e colocar a empresa em desvantagem contra rivais menores. Esse foi inclusive um dos pontos levantados por Kandarian em seu discurso em 10 de abril. Se a fiscalização for feita pelo Fed também pode limitar a flexibilidade das empresas em comprar ações de volta.
“O que está em jogo para eles é enorme”, na opinião de Howard Mills, conselheiro-chefe do grupo da indústria de seguros da consultoria Deloitte LLP e exregulador de seguros do Estado de Nova York. “Você simplesmente não pode ter regulação uma bancária e aplicá-la ao segmento de seguro.”
Fonte: Brasil Econômico