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30% DAS MULHERES QUE TRABALHAM SÃO CHEFES DE FAMÍLIA

Quase três milhões de trabalhadoras nas seis maiores regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre) são as principais responsáveis por sustentar financeiramente as casas em que vivem. O número representa cerca de 30% do total de trabalhadoras.
Do total das mulheres que são chefes de família, 19% ganham menos de um salário mínimo.
Desde 2002, a profissão de doméstica é a que mais cresce entre as mulheres que trabalham e sustentam uma família.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “O Trabalho da Mulher Principal Responsável no Domicílio”, com dados relativos a agosto.
O aumento do percentual de chefes de família foi notado tanto no grupo de mulheres ocupadas (trabalhando) como nas de idade economicamente ativa. Enquanto em 2002 as mulheres que trabalhavam e eram chefes de família representavam 25,6% do total de ocupadas, em 2006 elas passaram a 28,1%, crescimento de 2,5 pontos percentuais. No mesmo período, o aumento no total de mulheres chefes de família em idade ativa foi de dois pontos percentuais, passando de 23,4% para 25,4%.
O crescimento segue tendência iniciada na década de 90. “O aumento no número de mulheres responsáveis por seus domicílios é decorrente de um conjunto de fatores. Mudança demográfica, aumento da participação de mulheres mais velhas no mercado, mudanças socioeconômicas e tendência mundial, com a independência econômica cada vez maior das mulheres” conta Luciene Kozovits, técnica do IBGE.
Perfil
De acordo com o estudo, o perfil da chefe de família média nessas regiões é de uma mulher de 43,5 anos, com pouco mais de 8 anos de estudo, que não possui marido, mora com os filhos e trabalha sem carteira assinada. Essas mulheres têm uma jornada semanal de trabalho de 39,2 horas e 21,9% delas eram domésticas. Apenas 24,4% delas moram com cônjuge.
Segundo Kozovits, um dos destaques do estudo é a influência econômica cada vez maior que as mulheres que moram só vêm exercendo dentro do grupo de responsáveis por seus domicílios. Em agosto de 2006, elas representavam 17,5% do total e tinham rendimento médio de R$ 1.270. Por outro lado, as sem marido e com filhos representavam 50,6% do total e tinham o pior rendimento do grupo, R$ 827 mensais.
Apesar de representarem só 17,5%, as “solitárias” foram responsáveis pelo crescimento da média salarial de todo grupo das chefes de família, já que em agosto 78,6% delas recebiam menos de três salários mínimos, mas o percentual subia para 81,6% para as trabalhadoras ocupadas que não eram chefes de família.

Fonte: G1

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